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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

>>Entrevista


ÉPOCA – O convite para participar de um festival como o Rock in Rio foi uma surpresa para você?
Ke$ha – 
Sim, fiquei muito animada! Tenho uma amiga que me falava muito do país de vocês, e eu já sei que a plateia dos shows costuma ser bastante agitada. O fato de ser um festival de rock torna as coisas ainda mais especiais. Além disso, sempre recebi muitas mensagens de fãs brasileiros no Twitter elogiando meus discos e me dizendo para ir ao Brasil. É ótimo ver que isso finalmente vai se concretizar. Parece um discurso ensaiado, mas acho muito importante ouvir sempre os meus fãs. São eles que me fizeram ser quem eu sou hoje. Estou muito ansiosa para os shows no Brasil, vamos botar para quebrar.
 
ÉPOCA – O que os brasileiros podem esperar de seus shows?
Ke$ha – 
Vão ser shows com peso de rock, podem contar com isso. Vou tocar todos os sucessos de Animal (álbum de estreia, de 2010) e Cannibal (EP lançado no mesmo ano). Vamos ter muitas trocas de roupa, um canhão de glitter e chuva de camisinhas.

ÉPOCA – Chuva de camisinhas?
Ke$ha – 
Sim! Fizemos uma parceria e criamos uma marca de camisinhas com meu rosto na embalagem para distribuir nos shows.

ÉPOCA – Você se sente mais à vontade no palco ou no estúdio?
Ke$ha – 
É difícil decidir. Sou feliz nos dois lugares, mas são sensações diferentes. Há poucas emoções tão intensas quanto a que você sente quando escreve uma boa canção e termina de gravá-la, é algo que significa muito para um artista. E no palco você pode sentir a energia do público e atingí-lo de forma mais direta, também é incrível. Eu sou feliz por ter essas duas coisas.

ÉPOCA – Entre as grandes estrelas do pop atual, você é a que mais se identifica com os astros do rock. De onde vem sua inspiração?
Ke$ha – 
Amo o rock, claro! Há alguns meses fui ao estúdio para gravar uma música com Alice Cooper e, depois de alguns acordes, ele me disse que eu não cantava como uma artista pop, e sim como um astro do rock. Sou uma grande fã dele e me identifico bastante com o que ele faz, então foi um elogio muito especial para mim. Eu me sinto mais próxima das estrelas do rock do passado do que das outras cantoras pop da minha geração. E, na minha opinião, o pop é o novo rock.

ÉPOCA – O que faz do pop o novo rock?
Ke$ha – 
Não sei exatamente por que isso aconteceu, mas depois das grandes bandas grunge como o Nirvana e o Pearl Jam o pop parece ter se tornado mais popular que o rock nas rádios e nas paradas de sucessos. Ao mesmo tempo, o pop também incorporou a atitude do rock e aquela mensagem de dizer “dane-se”, de não se importar com o que os outros pensam. Minha mensagem é esta: todos devem fazer o que bem entenderem. Muita gente diz que o pop é feito de aparências, mas a atitude é o que mais importa.

ÉPOCA – A mudança beneficiou as mulheres?
Ke$ha – 
Sem dúvida. Se você olhar para as paradas de sucessos nos últimos anos, vai ver que as mulheres têm dominado os primeiros lugares. Há algumas exceções, claro, mas poucos homens conseguem competir com artistas como Lady Gaga, Britney Spears e Adele. No rock, as principais bandas eram formadas só por homens, mas no pop eles não têm vez.

ÉPOCA – Com qual dos astros do rock que tocarão no festival você se identifica mais?
Ke$ha – 
Eu amo Guns N’ Roses. Eles foram uma parte muito importante da minha adolescência e me influenciaram como artista, não tenho como negar isso. Mas também sou fã de Stevie Wonder. Tocar no Rock in Rio no mesmo dia que ele será muito especial.